Todo mundo fala sobre investir em private equity, especialmente o empreendedor e o capitalista de risco.
Mas, o problema para o investidor é menos investir do que responder a essas duas perguntas essenciais:
- Como a empresa devolverá o capital?
- Quando ocorrerá essa restituição?
Para responder à primeira pergunta, o investidor verifica a credibilidade das bases de cálculo das projeções financeiras, chamadas de premissas.
O empresário inexperiente geralmente estabelece uma lista de compras do que é necessário para construir seu projeto ou realizar seu sonho, preocupando-se apenas teoricamente com a lucratividade e absolutamente não com as premissas em que se baseiam suas projeções financeiras nem com seu orçamento.
De fato, é comum ver projeções financeiras construídas para cobrir custos orçados sem verificação das premissas subjacentes. Então, ao restaurá-los por divisão, ocorrem aberrações como:
- uma vendedora atende quatorze clientes por minuto!
- o preço médio de uma compra numa padaria é de 306€.
Surpreendentemente, esses dois exemplos são tirados da realidade!
Eles ilustram perfeitamente o ditado de que a realidade muitas vezes excede a ficção.
No jargão do private equity, existem vários termos que se referem ao problema do investidor recuperar seu capital: o desinvestimento, a saída, a saída do investimento, a saída etc…
Para o empresário experiente, o investidor, todos os financiadores e assessores de investidores, é a preocupação essencial. Não é incomum que as empresas de investimento exijam que seus estagiários eliminem todos os planos de negócios e as apresentações de todos que não abordam esse ponto em detalhes.
Mesmo quando o processo é processado, o simples fato de a saída do investimento não figurar ou ser tratada com leviandade ou celeridade o suficiente para classificar definitivamente o empresário como inexperiente.
Um dos maiores investidores americanos costumava dizer:
“Esqueça a devolução do meu dinheiro, fale comigo sobre a devolução do meu dinheiro.”
Ou seja, não me fale de rentabilidade, fale de segurança do meu capital.
As estratégias tradicionais de saída ou desinvestimento do investimento são as seguintes:
- A recompra de ações pela empresa emissora é lenta, incerta e raramente muito lucrativa.
- A aquisição das ações por um terceiro também é lenta e incerta, mas quando acontece tende a ser muito lucrativa.
- A fusão ou incorporação reversa da empresa emissora em uma empresa de capital aberto, resultando na listagem das ações ordinárias.
- A troca das ações ordinárias da companhia emissora por aquelas de uma companhia aberta permitindo ao investidor vender ou penhorar à vontade as ações ordinárias da companhia listada.
- A Oferta Pública Inicial (IPO) das ações que é de longe a melhor, mais rápida e mais lucrativa solução que permite ao investidor vender ou penhorar à vontade as ações ordinárias da empresa recém-listada.